fevereiro 23, 2008

Sabe-me dizer, por favor…?

Hoje, ao levar a minha filha a uma festa de aniversário, à procura da rua da Estrela, pude constatar, mais uma vez, o quanto as pessoas gostam de ser prestáveis mesmo sem condições para tal. Quando se pede uma informação acerca de um endereço, se a pessoa souber, diz-nos. Claro que, frequentemente, o excesso de detalhes acaba por baralhar de tal forma que torna inútil a informação. Mas a maior dificuldade é quando perguntamos a quem não sabe mas, mesmo assim, insiste em mostrar os seus conhecimentos acerca de outras ruas ou justificar porque não sabe. Foi o que me aconteceu hoje; perguntei ao caixa do supermercado, enquanto me fazia o troco; ele não sabia mas tinha pena e insistiu em dar-me uma lição sobre a geografia da zona. Tive que lhe pedir para me dar o troco para eu poder ir perguntar a quem soubesse. Ficou desconcertado com o meu pedido.
Finalmente, quando encontrei, o dono da casa perguntou-me:
- É fácil de encontrar, não é?
- Para quem souber é fácil.

4 comentários:

Anónimo disse...

Viva
afinal, continuas por cá... mesmo que demonstrando uma enorme aversão às novas tecnologias... gps, claro!
Um abraço
RP

Zé Ruela disse...

Caro, RP,
Claro que continuo por cá, afinal tenho dois leitores, só me resta estimá-los!
Tem piada que fales no gps pois foi exactamente alguém que, munido de GPS, chamou um figo à minha aflição, fez brilhar o seu brinquedo a grande altura e acabou por me levar a bom porto.
Mas a minha aversão às novas tecnologias é apenas aparente. Uso dois GPS, um para a montanha e outro para a estrada mas, azar meu, aquela rua era desconhecida, até mesmo, para o meu gps.

Jorge Nogueira disse...

Vê se te lembras:

-Óh senhor, eu queria ir para o Gerês!
-Então vá!

Zé Ruela disse...

O comentário acima, do Jorge Nogueira, sintético como ele é sempre, para ser entendido precisa de ser explicado.
Frequentemente, em Fafião (Parque Nacional Penêda Gerês), costumamos fazer sala no centro da aldeia, à beira de um cruzamento, onde algumas pessoas param para nos perguntar o caminho para a Vila do Gerês. Normalmente, depois de parar, baixam o vidro, metem a cabeça de fora e dizem (não perguntam):
- Queria ir para o Gerês.
Então nós, mauzinhos, fartos de ouvir a mesma questão tantas vezes, respondíamos:
- Então vá