abril 09, 2012

Dormindo com o inimigo


Dormindo com o inimigo é o lugar comum que melhor se adequa ao que tenho andado ultimamente a fazer na horta: tratar o terreno para que as ervas daninhas tenham boas condições de germinação e desenvolvimento.
Passo a explicar: tudo começou há cerca de catorze anos, pouco depois de a minha filha nascer. Apareceu no quintal, no meio dos alhos, uma erva desconhecida para mim. Até achei piada, as folhas eram idênticas às do trevo e mais tarde deu uma flor amarela muito bonita. Verifiquei posteriormente que tinha uns tubérculos subterrâneos minúsculos. Era apenas um exemplar e não dei nenhuma importância à questão. Pois é, aquilo foi apenas o início, ao longo dos anos veio a propagar-se por toda a horta até se chegar à situação atual - uma praga insustentável que compromete todas as culturas. Falei na dita infestante a várias pessoas, vi muitas nos Açores e descobri que é conhecida pelos nomes populares de Azedas, Vinagres e Trevo-Azedo. O nome científico é Oxalis pes-Caprae. Houve quem opinasse que a "semente" original veio através do composto orgânico guano que eu cheguei a usar.
A certeza acerca da melhor forma de resolver o problema é que ainda não a tenho. Já pedi o conselho da Bayer e estou à espera de resposta. Neste momento, a solução que prevalece é a "receita" do meu amigo Zé Carlos que, nestas questões, não há pai para ele, tem sempre um truque na manga. E a receita dele é deixar crescer e aplicar Roundup Ultra, herbicida sistémico de pós-emergência contra infestantes anuais e vivazes, em dose reforçada. Para o efeito, este ano, plantei apenas cerca de um quarto do espaço da horta e no restante estou a "engordar" os ditos vinagres: lavrei convenientemente, dentro da estufa apliquei também uma boa rega, e estou à espera que germinem e cresçam para, quando estiverem no ponto, lhes tratar da saúde. Entretanto, se alguém ler esta mensagem e tiver uma solução agradeço que me diga.

abril 08, 2012

Semear em Lua Nova


Costumo ser cuidadoso com a fase de Lua Nova no que respeita à realização de algumas atividades. Há quem diga que não acredita nessas coisas mas, pela parte que me toca, sou mais humilde. Não percebo a correlação e limito-me a constatar as consequências. Desta vez, na altura de meter mãos à obra, nem tal me passou pela cabeça e, verifico agora, ontem, contra as regras estabelecidas, em fase de Lua Nova, semeei um alfobre com alfaces, várias espécies de couves, aromáticas, etc. Dizem que, depois de passar um sábado pela Lua Nova, já não há grandes consequências mas, neste caso, foi ao quarto dia de Lua Nova, precisamente a um sábado. Vamos lá ver como é que as coisa evoluem.

De volta


Depois de tão longa paragem, estou de volta à escrita.
Ontem, à procura de informações sobre a melhor forma de fazer alfobres, encontrei alguns blogues sobre agricultura de que gostei. Alguns deles, muito interessantes, acabavam por ser uma boa forma de ir tomando apontamentos sobre os trabalhos agrícolas realizados, condicionalismos, preocupações e receios sobre os resultados e depois a constatação, ou não, desses resultados.
Até ver, enquanto o ímpeto durar, com inspiração no que vi, irei continuar este blogue, agora de forma mais ligeira, relatando apenas as pequenas coisas desta pequena parte da minha vida - a horticultura.