março 04, 2009

Quem quer ser otário?

As críticas de filmes feitas pelo cidadão comum que se limita a falar do filme que foi ver são, para mim, bem mais válidas e credíveis do que as dos críticos profissionais.
Acabei, mais uma vez, de ter alguns sinais da razoabilidade do meu critério de torcer o nariz aos filmes que conquistam os galardões da praxe. Parece que "Quem quer ser milionário" é apenas um bom filme, "melhor" que uns e "pior" que outros que este ano se estrearam.
Cheguei há muito tempo à conclusão de que, só por mero acaso, um filme muito badalado pela crítica é, de facto, um filme de excepção. Sem pressa de ir ver o dito, estava à espera dos primeiros testemunhos para avaliar o tamanho do barrete que Hollywood, este ano, nos iria enfiar.
Claro que os gostos, também no que respeita a filmes, não se discutem. E um bom filme para os críticos e profissionais da tal sétima arte, profundos conhecedores de tudo o que rodeia o fenómeno, não quer dizer que o seja para mim e para o público em geral. Daí a minha desconfiança sobre os juizos de tais juizes.
Se fosse mauzinho até diria que ganhar os tais óscares não é mais que vencer uma corrida entre os lóbis implicados na promoção dos filmes concorrentes. E o critério artístico conta bem menos que os objectivos comerciais. Um filme apenas razoável, com uma boa máquina de marketing a promovê-lo arrisca-se a "ser o melhor" na óptica de todos os críticos e restantes decisores.
Tudo bem, quem tiver pressa de ir ver essa maravilha que vá para a fila. Cá por mim, também o hei-de ir ver, mas sem pressas, quando calhar...